“Comecei um bocadinho nervoso, o que é normal, porque nunca tinha jogado num campo destes [a Hisense Arena, um dos ‘courts’ principais de Melbourne Park]. Tentei, mas era difícil começar da melhor maneira com os nervos. Acho que isso fez muita diferença no primeiro jogo de serviço em que ele conseguiu fazer-me o ‘break. O encontro tomou logo aí um rumo que foi difícil inverter”, começou por dizer à agência Lusa o número dois português, após ter sido derrotado pelo 13.º jogador mundial, por 6-1, 6-2 e 6-2.
Elias salientou que Nick Kyrgios jogou o encontro inteiro à frente do resultado, nunca sentiu grande pressão e, como tal, jogou perfeitamente relaxado.
“Serviu muito, muito bem. Tive muitas dificuldades para responder. Ele é um jogador que joga um pouco aleatório. Senti que ele não tem um padrão de jogo, um plano e isso complicou-me a vida, porque aquilo de que eu precisava era de um bocado de ritmo. Como não consegui entrar bem, senti que precisava de alguns pontos, de algumas trocas de bola mais longas e isso não aconteceu. Os pontos foram do princípio ao fim muito curtos. Foi difícil contrariar o estilo dele, que varia muito as bolas, usa muito bem os ângulos no campo”, assumiu.
O 77.º tenista do ‘ranking’, que nunca ultrapassou a primeira ronda de um ‘Grand Slam’, deu todo o mérito ao jovem australiano, apontado com um dos grandes novos talentos do ténis, definindo-o como um grande jogador.
“Tem um dos melhores serviços que eu já experienciei. Este senhor tem armas para ir muito longe no mundo do ténis”, considerou.
Elias, de 26 anos, confessou ainda que tem muita pena por não ter jogado ao seu melhor nível.
“Conta como mais uma experiência. Estou a jogar muito melhor do que no ano passado, estou melhor fisicamente, estou melhor mentalmente, sinto-me cada vez mais capaz de competir a este nível”, concluiu o jovem da Lourinhã.
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