Miguel Oliveira está de volta às pistas. O 'Falcão' foi dado como apto pela equipa médica do MotoGP podendo assim competir. Em antevisão da ronda americana, Oliveira afirmou que apesar de voltar à competição e das boas sensações, até agora, "correr aleijado nunca corre bem".

“Sabíamos que, à partida, não ia haver algum tipo de resistência em estar pronto para correr, obviamente que o tempo natural de recuperação não é o de todo o necessário, mas acredito que em cima da mota terei mais certezas de que as sensações são boas”, disse, em declarações à SPORTTV.

“Correr aleijado nunca corre bem, a nossa decisão veio em base de tentar antecipar um bocadinho esse desconforto, quando se anda, para entender a mota, tem de se andar a 100%. Sobretudo agora, com o formato que temos do fim de semana, temos de andar a uma intensidade muito alta sempre, correr aleijado não é de todo o ideal e preferimos ganhar um pouco mais de tempo. O facto de as primeiras duas corridas terem sido juntas não ajudou, talvez com mais um fim de semana de recuperação teria alinhado", explicou o piloto da Aprilia.
"Mas a viagem também era longa e fazia todo o sentido ter esta pequena pausa para recuperar e para me preparar o máximo possível fisicamente, para estar apto para este Grande Prémio, num dos traçados mais difíceis, fisicamente, para o corpo. Espero que seja um ponto de viragem para mim neste circuito, já tive bons resultados aqui no Moto2, no Moto3, no MotoGP sempre foram anos difíceis, com outra moto, mas espero que a Aprilia me dê melhores sensações aqui no Texas”, finalizou o piloto português.
Para esta corrida, Miguel Oliveira entra em desvantagem. Chega de uma lesão, a uma pista fisicamente difícil e em que nunca teve bons resultados. Todas as corridas foram feitas em cima de uma KTM, com o melhor resultado a chegar em 2021, com a 11.ª posição. Em três visitas ao circuito no Texas, pontuou em duas, mas sempre em lugares baixos. A Aprilia, em 2023, já mostrou estar competitiva. Em Portugal, Oliveira mostrou-o, tal como Aleix Espargaró e Maverick Vinales, tanto no Algarve como na Argentina. Agora, é esperar que a moto também ajude o 'Falcão de Almada' a voar.
Ao contrário de Miguel Oliveira, Marc Márquez continua de fora. O piloto espanhol continua a recuperar da lesão sofrida no acidente com Oliveira em Portugal. Márquez é recordista de vitórias, são sete, no COTA. Entre 2013 e 2018 venceu lá sempre e depois acrescentou uma vitória em 2021. Basicamente, quando o MotoGP foi lá e quando o espanhol correu, venceu.
Assim, as Honda devem continuar com dificuldades. Apesar de alguns testes privados, a equipa espanhola ainda tem muito trabalho a fazer e com a sua 'coqueluche' de fora, fica difícil. De notar que a penalização do espanhol, sobre o incidente no Grande Prémio de Portugal, está neste momento suspensa, com a HRC a recorrer ao FIM da decisão.
O Grande Prémio das Américas, no COTA, tem a corrida no domingo a partir das 20h, com transmissão na SPORTTV.