“Joguei sem sentir o pé, porque levei injeções no nervo. O pé estava dormente para não sentir nada”, avançou, ainda em ‘court’, o ‘rei da terra batida’, em entrevista ao Eurosport, sem querer especificar quantas infiltrações levou.
Já em conferência de imprensa, o maiorquino, recordista de títulos do ‘Grand Slam’ (22) e de Roland Garros (14), revelou ter recebido durante o segundo ‘major’ da temporada “várias injeções antes de cada encontro” para ‘adormecer’ os nervos.
“Como já disse, dadas as circunstâncias atuais, não posso e não quero continuar a jogar [com o pé ‘adormecido’]”, sublinhou o esquerdino e antigo número um mundial, que, em 2021, após Roland Garros só jogou o torneio de Washington, no início de agosto, antes de ser obrigado a terminar precocemente a temporada, devido à lesão no pé esquerdo.
Nos últimos dias, rumores quanto a uma possível retirada de Nadal após Roland Garros foram crescendo, sendo afastadas hoje por ‘Rafa’, que ainda assim revelou não ter certezas quanto ao seu futuro, a começar já pelo próximo ‘major’ do calendário.
“Estarei em Wimbledon se o meu corpo estiver preparado para estar em Wimbledon. Wimbledon não é um torneio que queira falhar”, disse, referindo-se ao terceiro ‘Grand Slam’ da temporada, agendado entre 27 de junho e 10 de julho.
Para o espanhol, estar na relva do ‘major’ londrino é “uma prioridade”.
“Wimbledon sempre foi uma prioridade. Se puder jogar com anti-inflamatórios, sim [estará presente]. Não quero colocar-me na posição de ter de jogar com injeções anestesiantes outra vez. Pode acontecer uma vez, mas não é uma filosofia de vida que queira seguir”, reforçou, esclarecendo que o faz em Paris porque “Roland Garros é Roland Garros”, o seu torneio favorito.
Nadal impôs-se hoje ao norueguês Casper Ruud em três ‘sets’ na final, conquistando o seu 14.º título na terra batida parisiense e o 22.º em torneios do ‘Grand Slam’.
‘Rafa’, já recordista de cetros na ‘catedral da terra batida’ e em ‘majors’, ampliou ainda mais a sua lenda, com um triunfo por 6-3, 6-3 e 6-0, em duas horas e 18 minutos, diante do oitavo tenista mundial, a estrear-se em finais do ‘Grand Slam’, aos 23 anos, e logo diante do seu ídolo de infância.
Com 36 anos recém-cumpridos, Nadal, número cinco da hierarquia ATP e vencedor do Open da Austrália deste ano, tem agora mais dois títulos do ‘Grand Slam’ do que o sérvio Novak Djokovic, líder do ‘ranking’ mundial, e o suíço Roger Federer, depois de ter vencido pela 112.ª vez nos 115 encontros que disputou ao longo da sua carreira em Roland Garros.
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