Na comissão parlamentar de Economia, Margarida Matos Rosa, presidente da Autoridade da Concorrência (AdC), referiu que, no trabalho de revisão das recomendações feitas para os combustíveis líquidos desde 2004, notou-se que “muitas delas não foram implementadas”.
“Acreditando nós que as recomendações trariam maior concorrência no setor e consequentemente uma possível baixa de preços, resultante dessa concorrência e o aumento da qualidade do serviço, se as recomendações não forem implementadas ou apenas parcialmente, não podemos garantir que haja de facto um 'timing' previsto para que o aumento da concorrência possa surtir efeito”, afirmou a responsável, escusando-se, por agora, a pormenorizar a situação.
Quanto ao gás de botija, a responsável indicou que uma das recentes recomendações feitas foi implementada, mas a líder da AdC sugeriu “prudência” na comparação de preços do gás de botija entre Portugal e Espanha, uma vez que houve decisões judiciais que obrigaram o Estado espanhol a compensar a Repsol.
“Praticamente monopolista no mercado”, a empresa recebeu compensações por o “preço do gás em botija não cobrir os custos de fornecimento”, pelo que a fatura foi paga indiretamente pelos consumidores, alertou.
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