Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o banco detido pelo grupo espanhol Caixabank, informou que “procedeu hoje ao pagamento dos dividendos de 2019 e 2020 no valor total de 129,7 ME, aprovados pelo seu acionista único em 27 de março 2020 e 15 de abril 2021, cujo pagamento ficara suspenso”.
“O levantamento da suspensão resulta de ter sido comunicado pelas autoridades de supervisão que deixaram de vigorar a partir de 30 de setembro as suas recomendações sobre a distribuição de dividendos emitidas durante a pandemia de covid-19”, pode ler-se no documento.
Em 24 de setembro, em comunicado, o Banco de Portugal (BdP) avançou que iria deixar de recomendar a não distribuição de dividendos pelos bancos, a partir de 30 de setembro, mas avisou que cada instituição deve ser “prudente” nesses pagamentos.
Desde 2020 que o Banco de Portugal tem recomendado que os bancos que supervisiona não façam ou limitem pagamento de dividendos aos acionistas, assim como apliquem medidas mais restritas no pagamento das remunerações variáveis, medida em vigor até 30 de setembro.
No comunicado, o supervisor e regulador bancário disse que essas “recomendações não serão estendidas para além do seu término da vigência” (ou seja, 30 de setembro), seguindo as decisões já adotadas pelo Banco Central Europeu (BCE) para os maiores bancos europeus (que incluem BPI, BCP, Caixa Geral de Depósitos e Novo Banco).
Contudo, avisou o Banco de Portugal, “é fulcral que as instituições mantenham uma abordagem prudente nas distribuições de dividendos e na atribuição e pagamento de remunerações variáveis”, até pelos impactos da crise pandémica que ainda se possam sentir sobre os bancos, “nomeadamente os relativos aos riscos de crédito”.
O BPI teve lucros consolidados de 185 milhões de euros no primeiro semestre, quatro vezes mais do que no mesmo período de 2020.
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