“Até o surto pandémico estar controlado ou até encontrarem uma vacina não temos outra solução, porque é a única forma de controlarmos a pandemia”, afirmou Miguel Albuquerque, à margem de uma visita a uma escola básica de Machico, zona leste na ilha.
A operação de rastreio de viajantes nos portos e aeroportos da Madeira e do Porto Santo entrou em vigor em 01 de julho, na sequência de uma resolução do executivo, de coligação PSD/CDS-PP, que determinou a obrigatoriedade de apresentação de um teste negativo para covid-19 realizado até 72 horas antes do início da viagem ou, então, a sua realização à chegada.
Segundo dados oficiais, foram realizadas 51.521 colheitas para teste até às 17:00 de quinta-feira, o que corresponde a mais de metade dos passageiros desembarcados na região.
“O que eu digo é que fomos pioneiros no controlo das entradas e saídas. Acho que isso resultou, foi extremamente positivo para a região e vamos continuar a fazê-lo. Temos de ter dinheiro para fazê-lo”, afirmou Miguel Albuquerque.
E reforçou: “Neste momento, não posso dizer quando é que vai acabar. O que posso dizer é que vamos continuar a manter estas equipas em funcionamento, porque é a nossa defesa.”
O presidente do Governo Regional destacou, por outro lado, a manutenção da Madeira e dos Açores no corredor aéreo com o Reino Unido, quando o território continental foi excluído na quinta-feira.
“Lamento que o país tenha saído do corredor, mas a Madeira é de toda a justiça que não esteja inserida [na lista do Reino Unido], uma vez que não temos aqui surtos pandémicos e temos a situação controlada”, declarou.
De acordo com os mais recentes dados divulgados pelo Instituto de Administração de Saúde da Madeira (IASaúde), a região regista 42 casos ativos de covid-19, 29 dos quais importados e 13 de transmissão local, perfazendo um total cumulativo de 178 situações confirmadas e 136 recuperados.
“Fizemos um conjunto de diligências muito importantes junto das instâncias governativas do Reino Unido e o embaixador [em Portugal, Cristopher Sainty] teve um papel muito importante no sentido de levar em linha de conta a particularidade da situação na Região Autónoma da Madeira”, sublinhou.
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