“A Johnson & Johnson, como grupo, é a maior empresa de cuidados de saúde do mundo, e estamos claramente a apostar no reforço da nossa presença em Portugal […]. Queremos continuar a crescer e daí precisarmos também de ter esse espaço”, disse à agência Lusa a diretora-geral da Janssen Portugal, a companhia farmacêutica do grupo Johnson & Johnson.
De acordo com Filipa Mota e Costa, a companhia decidiu mudar a sede de Queluz de Baixo para um novo edifício do Lagoas Park, por as anteriores instalações serem “mais antigas” e não terem “espaço para crescer”, mas há mais razões.
“Por outro lado, também investimos no sentido de modernizar instalações e, de facto, estas instalações onde estamos [e são hoje inauguradas] têm uma filosofia diferente e mais moderna”, indicou.
Isto reflete-se, segundo Filipa Mota e Costa, “não só na forma de trabalhar”, devido a “um conceito de flexibilidade do local de trabalho”, mas também nas “condições” dadas aos funcionários.
“Toda a conceção das instalações teve em conta o bem-estar e a saúde dos colaboradores, como também questões ambientais, seja de poupança de água e de energia”, precisou a responsável.
Ao todo, são cerca de 400 os colaboradores que a Johnson & Johnson tem no país (na sede e na delegação do Porto), dos quais “quase 90% tem formação superior”, mestrado ou mais, realçou Filipa Mota e Costa, falando em empregos “altamente qualificados”.
A responsável destacou que, nos últimos dois anos, o grupo criou 60 postos de trabalho, aos quais acrescem 21 colaboradores que entram hoje para a empresa.
Em causa estão três setores de atividade da multinacional, que estão alojados na nova sede: o farmacêutico (liderado pela Janssen, que já colocou mais de 80 novos medicamentos no mercado), o do consumo e o dos dispositivos médicos.
Além das novas infraestruturas, a empresa inaugura hoje uma unidade de ensaios clínicos, para a qual estão já a ser recrutados os primeiros 10 monitores.
“A nova unidade de ensaios clínicos significa, acima de tudo, que o grupo Johnson & Johnson, a partir de agora […] considera Portugal como um país prioritário para a implementação de ensaios clínicos”, explicou Filipa Mota e Costa, notando que em causa estão “as fases mais avançadas de todos os processos de investigação e do desenvolvimento de novos medicamentos”.
A responsável assinalou que esta aposta “é muito importante para o país” e “tem um impacto muito grande”.
“Seja na economia, pelo valor que o grupo Johnson & Johnson investe nessa realização de ensaios clínicos no país e no emprego gerado nos monitores de ensaios clínicos que são contratados por nós, seja na saúde, pelo acesso a medicamentos inovadores e pelo contacto dos investigadores portugueses com estas novas tecnologias, ou ainda por todo o avanço que isto implica”, elencou, escusando-se, contudo, a apontar uma verba para a nova unidade.
Em 2017, a norte-americana Johnson & Johnson teve lucros de 1.300 milhões de dólares (1.120 milhões de euros), menos 92% do que no ano anterior. Ainda assim, neste período, a faturação da multinacional atingiu os 76.450 milhões de dólares (65.916 milhões de euros), mais 6,3% que no exercício de 2016.
Em Portugal, o grupo gerou no ano passado um volume de negócios de 210 milhões de euros.
Para a inauguração é esperada a presença do primeiro-ministro, António Costa.
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