Na nota ao mercado, a empresa adianta que os resultados foram penalizados "por efeitos não recorrentes de 169 milhões de euros em 2021, incluindo imparidades associadas ao portfolio de centrais térmicas no mercado Ibérico".

Excluindo estes impactos, o resultado líquido recorrente cresceu 6% para 826 milhões de euros, suportado pelo desempenho positivo do negócio global de renováveis, a integração da Viesgo em Espanha e o crescimento das operações de redes de eletricidade no Brasil.

Por outro lado, refere, "o desempenho da EDP em 2021 foi penalizado pela subida dos preços de energia nos mercados grossistas internacionais, e recursos hídricos abaixo da média na Península Ibérica".

O EBITDA (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente aumentou 7% para 3.735 milhões de euros, incluindo impacto cambial negativo de 2%, devido essencialmente à desvalorização de 8% do real brasileiro face ao euro.

Já o investimento bruto da EDP totalizou 3.900 milhões de euros em 2021, com as energias renováveis e as redes de eletricidade a representarem 95% deste valor.

Segundo o comunicado ao mercado, em 2021, a EDP instalou 2,6 GW de capacidade eólica e solar, e as energias renováveis representaram 75% da produção total de eletricidade.

A dívida líquida da EDP baixou 6% para 11.600 milhões de euros, o montante mais baixo dos últimos 14 anos, refletindo o aumento de capital de 1,5 milhões de euros realizado na EDPR, a emissão de 2.000 milhões de euros de obrigações híbridas verdes, e o aumento de investimento em renováveis e redes de eletricidade.

Em conferência de imprensa ‘online’, após a comunicação ao mercado dos resultados de 2021, o administrador financeiro, Rui Teixeira, afirmou que "os resultados foram bons", destacando "a excelente 'performance' do negócio das renováveis".

No último ano, a EDP instalou tanta capacidade renovável como nos dois anteriores juntos, realçou.

O presidente executivo da EDP, Miguel Stilwell d’Andrade, adiantou que, em 2021, a EDP contratou 1.600 pessoas globalmente "para dar resposta ao crescimento da EDP", referindo que o grupo hoje emprega mais de 12.000 pessoas, de 46 nacionalidades.

A EDP pretende manter em 19 cêntimos o dividendo acionista relativo ao exercício de 2021, como estava previsto no plano estratégico 2021-25 apresentado no ano passado, informou hoje a empresa ao mercado.

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