“Num período em que se verificou uma retoma gradual, embora a ritmos distintos entre mercados, dos níveis de produção, e em função da qualidade da carteira angariada nos últimos semestres, o grupo focou os seus esforços no desenvolvimento de operações com maior rentabilidade e geração de caixa”, justificou a empresa.
Assim, nos primeiros seis meses do ano, o grupo registou um volume de negócios de 1.138 milhões de euros, um ligeiro decréscimo de 2% em relação ao primeiro semestre de 2020.
Já o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) cresceu 25% no primeiro semestre de 2021, atingindo 181 milhões de euros.
No comunicado, a Mota-Engil destacou o “crescimento da carteira de encomendas (+22% face a dezembro) para um recorde na história do grupo, de 7,4 mil milhões de euros que suportará o crescimento dos próximos anos, e de forma expressiva em África, mercado historicamente com a maior rentabilidade operacional”.
A empresa recordou ainda a conclusão “do Acordo Estratégico de Parceria e de Investimento com a China Communications Construction Company (CCCC), a quarta maior construtora do Mundo que é hoje acionista de referência do Grupo Mota-Engil” a par do acionista fundador, a família Mota.
Estes acionistas “terão um papel muito relevante num novo ciclo de desenvolvimento que se iniciará com o Novo Plano Estratégico que será anunciado no quarto trimestre do ano e que apresentará as diretrizes e objetivos estratégicos e financeiros no horizonte temporal até 2026”, acrescenta.
O grupo destacou ainda “a assinatura neste período do maior contrato da sua história na Nigéria (projeto ferroviário Kano-Maradi de 1,5 mil milhões de euros) que se iniciará entre o final do ano e início de 2022”.
De acordo com a Mota-Engil, “este feito contribuiu decisivamente para atingir o recorde de 7,4 mil milhões de euros, não estando integrado na carteira a extensão do contrato de mineração em Moçambique para a Vale assinado em agosto no valor de 427 milhões de dólares [361 milhões de euros]”.
Quanto ao desempenho por região, a empresa sublinhou “o crescimento de 8% do volume de negócios em Portugal no primeiro semestre de 2021” o que coloca “o mercado nacional como o maior mercado de Engenharia e Construção no grupo ao fim de muitos anos, ultrapassando o México e Angola”.
A Mota-Engil assegurou ainda que “manteve os seus compromissos de investimento em linha com o projetado no início do ano” com um Capex (investimento) de 98 milhões de euros, “70% relacionados com contratos de médio e longo prazo, com destaque para a mineração em África, ferrovia no México e ambiente em Portugal”.
O grupo prevê manter níveis de investimento este ano “acima de 200 milhões de euros para o total de 2021”, referiu.
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