Segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) hoje divulgada, o contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB aumentou, "refletindo uma aceleração significativa do investimento".

Em sentido contrário, sinaliza, o contributo da procura externa líquida foi mais negativo do que o observado no trimestre anterior, em resultado da aceleração mais intensa das importações de bens e serviços do que das exportações de bens e serviços.

Os economistas consultados pela agência Lusa antecipavam que o PIB tivesse crescido, em média, 1,7% em termos homólogos.

Comparativamente com o quarto trimestre de 2018, segundo o INE, o PIB aumentou, em termos reais, 0,5% (0,4% no trimestre anterior), em linha com as estimativas feitas à Lusa.

“O contributo da procura interna para a variação em cadeia do PIB aumentou, enquanto o contributo da procura externa líquida foi mais negativo que o registado no trimestre precedente”, refere o INE.

Segundo o INE, esta estimativa rápida incorpora revisões na informação de base utilizada anteriormente, nomeadamente no que se refere ao comércio internacional de bens e aos indicadores de curto prazo, originando ligeiras revisões nas taxas de variação homóloga do PIB em volume para 2018.

Os resultados definitivos das contas nacionais trimestrais até março serão divulgados no dia 31 de maio.

O Governo espera que a economia cresça 1,9% no conjunto de 2019, acima dos 1,7% previstos pela Comissão Europeia, pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco de Portugal e também acima dos 1,6% antecipados pelo Conselho das Finanças Públicas.

PIB da zona euro e UE mantém ritmo de crescimento homólogo no 1.º trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB) da zona euro cresceu 1,2% e o da União Europeia (UE) 1,5% no primeiro trimestre em termos homólogos, ao mesmo ritmo do trimestre anterior, estima o Eurostat.

Segundo uma estimativa do gabinete estatístico europeu, o crescimento do PIB da zona euro e da UE acelerou na variação e cadeia para os 0,4% e os 0,5%, respetivamente, depois de ter aumentado, entre outubro e dezembro de 2018, 0,2% e 0,3%.

O Eurostat avança, no mesmo boletim, com estimativas para o emprego, prevendo que este mantenha, em termos homólogos, um crescimento de 1,3% na zona euro e abrande dos 1,2% para os 1,1% na UE, face ao trimestre anterior.

Na variação em cadeia, o emprego cresceu, nos primeiros três meses do ano, 0,3% na zona euro e na UE.

No último trimestre de 2018, o emprego tinha subido 0,3% na zona euro e 0,2% na UE.