O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, vai voltar assim a representar a China na cimeira, organizada pela anfitriã Índia, país que espera contar com a presença de uma “grande maioria” dos líderes mundiais no evento.
O ministério dos Negócios Estrangeiros chinês instou na terça-feira o G20 a “reforçar a sua parceria e consenso”, para “enfrentar os desafios globais e dar contributos positivos” para a recuperação económica mundial e o desenvolvimento comum, tendo em conta a “situação internacional turbulenta”.
A ausência de Xi em Nova Deli, em setembro passado, já foi interpretada por especialistas chineses como um sintoma do “valor decrescente” que Pequim atribui ao bloco, por “poder exercer uma influência limitada” sobre este.
O professor de Relações Internacionais chinês, Shi Yinhong, observou na altura que “vários países do G20 mantêm diferentes graus de confrontação com a China”.
Xi, que tem mantido uma agenda diplomática preenchida desde que a China desmantelou a política de ‘zero casos’ de covid-19, em dezembro passado, participou noutras cimeiras virtuais do G20 em anos anteriores.
Os analistas chineses destacam as disputas territoriais entre Pequim e Nova Deli como mais um motivo pelo qual Xi optou por delegar ao primeiro-ministro a responsabilidade de representar a China, especialmente enquanto a Índia ocupa a presidência rotativa do bloco.
Também ausente da reunião está o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que se reuniu com Xi na semana passada em São Francisco, à margem da cimeira do Fórum de Cooperação Económica Ásia – Pacífico (APEC).
A reunião virtual do G20 organizada pela Índia é a última a ser organizada sob a presidência de Nova Deli, uma vez que o Brasil assume a liderança do bloco a partir de 1 de dezembro.
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