“Temos um potencial de 10 milhões de euros de prejuízo por conta dessa decisão. Eu quero saber quem vai pagar essa conta”, disse o responsável, que falava na conferência de imprensa de apresentação dos resultados de 2019 da companhia aérea, em Lisboa.
Em causa está uma decisão do Governo venezuelano de suspender os voos da TAP para aquele país durante 90 dias, acusando a companhia de ter permitido o transporte de explosivos e de ter ocultado a identidade de Juan Guaidó num voo de Lisboa para Caracas.
O CEO da TAP clarificou que os 10 milhões de euros se referem a prejuízos diretos, devido à suspensão dos dois voos semanais que a TAP tem para a Venezuela, durante 90 dias, acrescentando que não sabe dimensionar o valor dos prejuízos indiretos.
“A bom rigor, nós fomos suspensos por 90 dias sem nenhuma justificação plausível. Mesmo porque quem faz o raio-x não é a TAP, quem faz a inspeção das bagagens não é a TAP […] É cómico, mas é trágico, porque são 10 milhões de euros”, disse Antonoaldo Neves.
Garantindo que a TAP “cumpre rigorosamente” os procedimentos, o responsável lamentou a decisão, que considerou um “vexame” (a expressão em português do Brasil para “vergonha”) para Portugal.
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