A Efacec comunicou há duas semanas à Comissão de Trabalhadores (CT) o despedimento coletivo de 21 trabalhadores devido à “falta de trabalho”.
Na altura, a empresa lembrou em comunicado que, “em março, a Efacec Energia iniciou um processo de ajustamento na área de transformadores de potência — onde se registou uma quebra de encomendas de 33% e uma redução de 125% nos resultados operacionais entre 2013 e 2017 — que envolveu 49 colaboradores”.
Nessa fase a Efacec Energia chegou a acordo com 28 trabalhadores “que aceitaram as condições propostas pela empresa e que envolviam soluções de mobilidade e rescisões por mútuo acordo”, enquanto outros 11 “aceitaram novas funções no âmbito da mobilidade interna ou para outra empresa do grupo com maior nível de empregabilidade” e 17 “optaram pelo plano social de rescisão proposto”.
De acordo com a Efacec, o despedimento coletivo em curso é “uma situação muito concreta, sem qualquer impacto em outra unidade organizacional do Grupo Efacec”, sendo que “todos os demais colaboradores têm os seus postos de trabalho assegurados”.
Mas os trabalhadores temem pela segurança dos postos de trabalho e, por isso, decidiram paralisar hoje entre as 09:00 e as 11:00 e entre as 17:00 e as 19:00 e suspender as negociações salariais que estavam a decorrer, assumindo o risco de poderem não ter qualquer aumento salarial, disse à Lusa fonte da CT.
Segundo a CT da Efacec, a administração da empresa requereu em finais de 2013 o estatuto de “empresa em reestruturação” e, em janeiro de 2017, apresentou um pedido de extensão desta medida para o triénio 2017/19, que foi autorizado pelo Governo, no qual se previa a rescisão de contrato por mútuo acordo de 118 contratos de trabalho na Efacec Energia e mais 291 na Efacec Engenharia, num total de 409 postos de trabalho.
RRA // JNM
Lusa/fim
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