Na cerimónia de apresentação dos vencedores do concurso para esta nova travessia que servirá a rede do Metro do Porto entre o Porto e Vila Nova de Gaia, o presidente do Conselho de Administração da empresa, Tiago Braga, afirmou que todo o processo decorreu sob a condição de “as propostas não terem nenhuma referência aos concorrentes”.

Esta ausência de referência aos concorrentes teve como objetivo “tornar todo o processo livre de qualquer avaliação menos objetiva sobre as propostas”, disse Tiago Braga.

Entre as 28 propostas recebidas a concurso para o projeto de concessão desta nova travessia que servirá a rede de metro, designadamente a ligação entre a Casa da Música, no Porto, e Santo Ovídeo, em Gaia, o júri do concurso atribuiu o primeiro lugar ao consórcio liderado por Edgar Cardoso: Laboratório de Estruturas.

O projeto, que receberá um prémio de 150 mil euros, propõe uma solução tipo pórtico com escoras inclinadas, com betão como principal material e uma altura superior à da Ponte da Arrábida – também da autoria de Edgar Cardoso -, “para não ser um obstáculo visual”.

Com poucos apoios nas encostas do Porto e de Vila Nova de Gaia, o projeto, que terá um prazo de execução de 970 dias e uma estimativa orçamental de 50,5 milhões de euros, pressupõe ainda a implementação de painéis solares no tabuleiro para a iluminação da ponte.

Já o segundo lugar foi atribuído ao projeto do consórcio liderado pela COBA, que receberá um prémio no valor de 100 mil euros.

Este projeto apresenta uma solução de arco com tabuleiro a nível intermédio, com pilares de betão armado nas encostas e pilares metálicos sobre o arco, sendo que as partes metálicas do arco, tabuleiro e pilares serão pintados de branco.

Esta solução apresenta um prazo de execução de 1.001 dias e uma estimativa orçamental de 62,8 milhões de euros.

Por sua vez, o terceiro lugar foi atribuído ao consórcio liderado pela Betar — Consultores, que receberá um prémio de 50 mil euros.

O projeto assenta numa solução de pórtico de pilares inclinados e assimétricos nas margens, com o tabuleiro a ser constituído por aço e betão e os pilares e encontros em betão armado.

A proposta apresentada tem uma estimativa de prazo de construção de 1.004 dias e um custo de 69,2 milhões de euros.

Na cerimónia, que contou com a presença do ministro do Ambiente, Tiago Braga esclareceu que já foram aprovadas as condições da segunda fase do concurso público internacional, seguindo-se agora uma consulta aos três vencedores que terá por base três critérios de avaliação: qualidade do trabalho de conceção (vale 50%), preço (20%), prazo de execução (30%).

“Serão feitos os convites a estas três entidades no dia 03 [de novembro], até então, há aqui um período de 10 dias para a habilitação documental dos três concorrentes”, afirmou, acrescentando que a data de entrega de propostas está prevista para o dia 18 de novembro e a publicação do relatório do júri será a 30 de novembro.

“A nossa intenção é proceder à adjudicação do trabalho de projeto de execução da nova ponte sobre o rio Douro para a travessia do metro do Porto, com as valências pedonais e ciclovia, a 07 de dezembro”, revelou.

E acrescentou: “para que a 31 de dezembro de 2025 tenhamos esta estrutura em funcionamento, é esse o nosso compromisso”.

O concurso público internacional de conceção de uma nova ponte sobre o rio Douro foi lançado em 16 de março, numa cerimónia que decorreu nos Jardins do Palácio de Cristal, no Porto, presidida pelo primeiro-ministro, António Costa, com a presença, entre outros, do Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes.

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