O compromisso foi assumido na capital belga pela Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Federica Mogherini, e o chefe da diplomacia brasileira, Aloysio Nunes Ferreira Filho.
“A Alta Representante e o ministro reiteraram o seu compromisso com as negociações entre a UE e o Mercosul para alcançar um acordo de associação que poderá conduzir a um acordo político antes do final deste ano, no âmbito da presidência rotativa brasileira do Mercosul”, indicou o serviço europeu para a ação externa (SEAE), num comunicado.
De acordo com o SEAE, o acordo vai proporcionar “uma base sólida” para reforçar a cooperação em questões internacionais e multilaterais.
Os dois representantes também analisaram a colaboração entre o Brasil e o bloco comunitário, que há 10 anos formalizaram uma parceria estratégica que desencadeou “fortes relações comerciais e de investimento”, bem como um espírito de cooperação nas áreas científica, tecnológica e de investigação.
Os representantes também destacaram o trabalho conjunto em matérias relacionadas com os direitos humanos, ambiente, clima, energia e Internet.
Federica Mogherini frisou ainda a importância de “unir os esforços” para responder aos “desafios globais de hoje”, nomeadamente as alterações climáticas, a paz e a segurança ou o investimento em instituições multilaterais à luz do sistema das Nações Unidas.
O ministro das Relações Exteriores brasileiro conclui hoje uma visita de dois dias a Bruxelas, durante a qual manteve reuniões com o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, e com a comissária europeia para o Comércio, Cecilia Malmström.
Na terça-feira, Aloysio Nunes Ferreira Filho disse que não aceitará um acordo de comércio livre entre a UE e o Mercosul que imponha restrições ao Brasil ao nível das exportações de carne bovina e de álcool etílico.
O ministro brasileiro afirmou compreender que “existem assuntos sensíveis” para os europeus, como é o caso da carne bovina, entre outros produtos agrícolas, mas também realçou que o Brasil também tem dúvidas em relação a “alguns bens industriais”.
“O que é preciso fazer é colocar as cartas na mesa e começar a negociar”, disse o ministro brasileiro.
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