Edição por Rute Sousa Vasco

O Grande Confinamento. É assim que a economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, se refere ao atual panorama económico e estas são as previsões da instituição: “É muito provável que este ano a economia mundial vá viver a sua pior recessão desde a Grande Depressão [de 1929], ultrapassando aquela vista durante a crise financeira global de há uma década”.

A quebra estimada do Produto Interno Bruto (PIB) mundial  é de 3%, mas em Portugal o FMI prevê uma recessão de 8%  - ligeiramente acima da Zona Euro (7,5%) - e o desemprego deverá subir para os 13,9%.

Este é um cenário apesar de mau, não péssimo. Porque há pior. Segundo o documento hoje apresentado, o FMI admite outros três cenários e , no caso de um surto pandémico maior em 2020 e com uma repetição em 2021, a quebra a nível mundial iria para perto de 8%.

A China, país de origem da pandemia de covid-19 e que teve parte da sua atividade económica suspensa no primeiro trimestre do ano, deverá escapar à recessão em 2020, crescendo 1,2%, segundo o Fundo Monetário Internacional .

Gradual e progressiva. São as palavras de ordem do executivo sobre o regresso à normalidade, hoje repetidas pelo  ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, após após reuniões com representantes do Banco de Portugal, Conselho de Finanças Públicas, Instituto Nacional de Estatística (INE), ISEG, Universidade Católica, depois do primeiro-ministro ter dito o mesmo em entrevista à Rádio Observador.