"Este financiamento adicional é concedido ao abrigo do Mecanismo Africano de Produção Alimentar de Emergência do Banco, com o objetivo de construir a resiliência dos sistemas alimentares de Moçambique em resposta à atual crise alimentar global, agravada pela guerra na Ucrânia", indica o BAD em nota distribuída à comunicação social.

Segundo o BAD, o valor ajudará a fornecer sementes, fertilizantes e serviços de extensão certificados adaptados ao clima, reforçando a capacidade de produção dos agricultores e apoiando a definição de estratégias de fortalecimento de instituições nacionais com equipamento de laboratório.

"O financiamento adicional visa a produção de milho, feijão de soja e sésamo. O Banco espera igualmente um financiamento complementar de 5 milhões de dólares (4,9 milhões de euros) da Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e 2 milhões de dólares (1,9 milhões de euros) do Fundo Nórdico de Desenvolvimento", refere-se ainda no documento.

Em 2019, o BAD aprovou um apoio de 47 milhões de dólares (46 milhões de euros) para ajudar Moçambique a restaurar meios de subsistência e reconstruir infraestruturas devastadas pelos ciclones Idai e Kenneth.

O ciclone Idai atingiu o centro de Moçambique em março de 2019, provocando mais de 600 mortos.

Poucos meses depois, em abril do mesmo ano, Moçambique voltou a ser afetado por um ciclone (o Kenneth), que matou 45 pessoas no norte do país.

O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: um total de 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas dos dois ciclones.

Moçambique é considerado um dos países mais afetados pelas mudanças climáticas no mundo.

EYAC // VM

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