"As primeiras palavras neste dia e nesta semana são de solidariedade para com todas aquelas populações que estão a sofrer e que se viram afetadas pela recente vaga de incêndios e que perderam os bens, para muitos, o fruto de uma vida de trabalho", afirmou Elisa Ferreira.

A comissária europeia falava hoje no Fundão, distrito de Castelo Branco, no âmbito da cerimónia de assinatura, entre o Governo português e a Comissão Europeia, do acordo de parceria para a execução do Portugal 2030, quadro comunitário em que o país terá acesso a 23 mil milhões de euros de fundos até 2029.

Elisa Ferreira fez esta incursão fora do tema para deixar "um grande abraço e manifestar o seu apreço por todos os bombeiros, forças de segurança, elementos da Proteção Civil, e cidadãos que têm participado no combate às chamas, muitas vezes arriscando a vida".

E, após abordar o tema, a comissária europeia disse que não podia deixar de fazer uma referência à emergência climática.

"Todos sabíamos que havia uma mudança em curso, mas ficamos sempre surpreendidos quando elas nos apanha na nossa vida presente. Uma coisa é pensar a 20 ou 30 anos, uma geração. Mas ela está aqui. E a mudança está aqui", sustentou.

Elisa Ferreira frisou que a emergência climática atravessa tudo o que é a filosofia da União Europeia para orientar os processos de desenvolvimento, incluindo o pedido dos limiares mínimos para atacar o problema.

"Estamos a assumir que isto já não é uma opção, mas sim uma emergência", concluiu.

Portugal continental encontra-se desde segunda-feira em situação de contingência devido às condições meteorológicas, com temperaturas altas, que elevam o risco de incêndio.

A situação de contingência corresponde ao segundo nível de resposta previsto na Lei de Bases da Proteção Civil e pode ser declarada "quando, face à ocorrência ou iminência de acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou especiais de reação não mobilizáveis no âmbito municipal".

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