O jovem, identificado como Yayhia Ali Odwan, tinha 27 anos e morreu de ferimentos de bala no coração "depois de as forças de ocupação israelitas terem invadido" a aldeia de Azun, no norte da Cisjordânia, segundo informações do Ministério da Saúde palestiniano e da agência noticiosa oficial Wafa.

Um porta-voz militar israelita revelou à agência de notícias Efe que as tropas "levaram a cabo atividades antiterroristas" na aldeia, e durante a operação, "vários suspeitos atiraram cocktails Molotov aos soldados, pondo em perigo a sua segurança", tendo os soldados reagido "disparando munições".

A morte deste palestiniano ocorreu horas após o atentado que matou um guarda de segurança na colónia judaica de Ariel na noite passada, após o qual as forças de segurança israelitas lançaram uma extensa operação de busca e detenção dos agressores.

O ataque já foi reivindicado pela Brigada dos Mártires de Al Aqsa, uma milícia palestiniana associada ao partido governante Fatah.

O grupo armado divulgou uma declaração em vídeo, na qual defende que a "operação heróica" foi "uma resposta à agressão israelita em Jerusalém", segundo o jornal diário local Haaretz citado pela agência EFE.

Na sexta-feira, a região celebrou a última sexta-feira do mês sagrado muçulmano do Ramadão, que, tal como nas semanas anteriores, começou com motins entre jovens palestinianos e a polícia israelita na Esplanada das Mesquitas em Jerusalém, logo pela manhã.

As tensões na região aumentaram desde finais de março, na sequência de quatro ataques em território israelita que resultaram na morte de 14 pessoas.

Seguiram-se operações de prisão, confrontos armados e incidentes com forças israelitas na Cisjordânia que deixaram cerca de 30 palestinianos mortos.

SIM // JNM

Lusa/FIM