"Com os projetos já aprovados e contratualizados no Portugal 2020, que este Governo já multiplicou por 10, serão criados em termos líquidos cerca de 7.000 postos de trabalho", avançou o titular das pastas do Planeamento e das Infraestruturas.

"Com esta nova grande procura por parte das empresas e com a decisão de reforço do montante disponível para aprovar estes projetos, esperamos que mais do que dupliquem os empregos criados pelo investimento com a marca Portugal 2020", acrescentou o governante durante a sua intervenção no debate sobre o "Estado da Nação".

Segundo Pedro Marques, desde que tomou posse, no final de novembro do ano passado, o Governo acelerou a execução dos fundos europeus, "que são um instrumento fundamental para mobilizar o investimento".

E realçou: "Quando este Governo tomou posse, o QREN [Quadro de Referência Estratégico Nacional] estava com um grande atraso e o Portugal 2020 estava quase parado. O investimento empresarial e as pequenas obras de proximidade sofriam de forma brutal os resultados da retórica e inação governamental".

Pedro Marques assinalou que "o anterior Governo tinha anunciado que encerraria o QREN antes do final de 2015. Porém, não só não o tinha encerrado, como deixou 500 milhões de euros por pagar".

O ministro disse que "para resolver esta pesada herança", o executivo de António Costa pagou 490 milhões de euros que estavam em atraso, concluindo o pagamento de todos os projetos em condições de receber.

"Por outro lado, no Portugal 2020, os concursos para as obras de proximidade não arrancavam e só tinham sido realizados pagamentos de 4 milhões de euros às empresas", sublinhou.

"Para inverter a situação, logo na apresentação do Programa de Governo nesta Assembleia, assumimos o compromisso de acelerar os pagamentos, e lançámos o Plano 100, com o qual nos comprometemos a pagar 100 milhões de euros às empresas nos primeiros 100 dias de Governo. Objetivo cumprido. Nestes sete meses multiplicámos por mais de 50 o que o anterior Governo tinha feito em dois anos", destacou.

Pedro Marques considerou que, assim, o executivo transmitiu "a confiança necessária para as empresas realizarem os seus projetos de investimento" e que "as empresas responderam favoravelmente", tendo sido alcançado um recorde de candidaturas a novos projetos de investimento, na ordem dos 3 mil milhões de euros, no concurso encerrado em maio.

"Para fazer face a esta procura, sem paralelo nos últimos 10 anos, e à confiança manifestada pelos empresários, voltamos a agir. Decidimos duplicar a verba disponível para aprovar candidaturas, para que nenhum projeto de qualidade fique de fora", rematou.

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