Na conferência de imprensa após a reunião do executivo no Palácio das Necessidades, sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa, o chefe da diplomacia, Paulo Rangel, congratulou-se com a aprovação da carreira "26 anos depois e que muitos consideravam missão impossível".
Incluindo a participação da Associação Sindical dos Diplomatas Portugueses, as alterações contemplam, por exemplo, a revisão estatuto da família, para "facilitar a atratividade da carreira", do estatuto remuneratório de "forma faseada, evolutiva, gradual", acrescentou Paulo Rangel.
Outra novidade é a figura de embaixador itinerante que "atue a partir de Lisboa", tenha "plenos poderes", ao estar acreditado em países onde Portugal não tem representação diplomática.
O primeiro embaixador com estas características deverá ser alocado aos três países bálticos -- Lituânia, Letónia e Estónia, prevendo-se que esteja uma semana em cada capital destes países, detalhou ainda o ministro dos Negócios Estrangeiros.
Aos jornalistas, Paulo Rangel anunciou ainda que o antigo eurodeputado Carlos Coelho será o comissário para as comemorações dos 40 anos da adesão de Portugal ao espaço europeu, detalhando que as celebrações também vão envolver Espanha.
Em 12 junho, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou que o Governo iria criar uma comissão para programar as comemorações dos 40 anos da assinatura do tratado de adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia.
O anúncio no dia em que se assinalaram 39 anos da assinatura desse tratado, em 12 de junho de 1985 pelos então primeiro-ministro e vice-primeiro-ministro Mário Soares e Rui Machete, foi feito num encontro com a comunidade portuguesa em Zurique, no âmbito das comemorações do Dia de Portugal na Suíça, numa deslocação conjunta com o Presidente da República.
Também foi decidida a criação da Direção Geral do Direito Europeu e Internacional, tendo ainda o ministro informado que o Instituto Camões vai abrir um linha de um milhão de euros para a cooperação municipal internacional.
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Lusa/fim
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