A mulher do primeiro Presidente moçambicano, Samora Machel, e antiga ministra da Educação, respondia aos jornalistas sobre o perfil do candidato que a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, precisa para as próximas eleições.

A situação do país "é de uma complexidade tal que nós devíamos fazer essa reflexão, primeiro, para podermos ver qual é a melhor maneira de, coletivamente, estruturarmos o futuro, não são pessoas [individualmente], para mim, que contam", afirmou.

A ativista social falava à margem da reunião da Associação dos Combatentes de Luta de Libertação Nacional (ACLLIN), braço político da Frelimo e constituído por combatentes contra o colonialismo português.

"Eu vejo isto [a eleição do candidato da Frelimo às eleições presidenciais] não de uma maneira individualizada, mas de uma forma coletiva, é fundamental. Nem que tenhas a pessoa mais brilhante deste país, não é uma peça que vai resolver a complexidade dos assuntos com que nós nos debatemos hoje", enfatizou Graça Machel, presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC).

A resolução dos desafios que Moçambique atravessa exige esforço coletivo,insistiu.

Samora Machel Júnior, filho de Samora Machel, declarou a intenção de concorrer a candidato da Frelimo às eleições presidenciais de 09 de outubro próximo.

"A minha candidatura é um misto de inquietações, mas também de esperança, visando dar respostas aos problemas e desejos dos moçambicanos", refere-se na "Apresentação de manifesto de pré-candidatura" de Samora Machel Júnior, a que a Lusa teve acesso.

O Comité Central da Frelimo reúne-se na sexta-feira e sábado na cidade da Matola, mas a agenda do encontro não foi divulgada, não se sabendo se o ponto sobre a eleição do candidato do partido às presidenciais será abordado no encontro.

O atual chefe de Estado e presidente da Frelimo está constitucionalmente impedido de concorrer a um terceiro mandato, uma vez que foi eleito em 2015 e em 2019.

Moçambique vai realizar em 09 de outubro as sétimas eleições presidenciais e legislativas, as segundas para os governadores provinciais e as quartas para as assembleias provinciais.

PMA // ANP

Lusa/Fim