
Na nota, que dá conta do relatório da instituição relativo a 2023, o Grupo BEI, do qual também faz parte o Fundo Europeu de Investimento (FEI), disse que "quase metade dos empréstimos concedidos e dos investimentos efetuados pelo Grupo BEI na União Europeia no ano passado destinaram-se às regiões da coesão".
Assim, a entidade "autorizou, em 2023, 36,2 mil milhões de euros destinados a projetos nas zonas mais pobres da UE, as chamadas 'regiões da coesão'".
No ano passado, "os empréstimos concedidos, só pelo BEI, no domínio da coesão ascenderam a 29,8 mil milhões de euros, ou seja, 45,1% do total dos compromissos de financiamento assumidos pela UE, ultrapassando a meta de 42% fixada pelo Banco", indicou.
Na mesma nota, o BEI disse que os empréstimos que concedeu, "no domínio da coesão em 2023 atingiram um máximo histórico nos 65 anos de existência do Banco, registando-se um aumento considerável do financiamento destinado às pequenas e médias empresas (PME) e às empresas de média capitalização".
Por outro lado, "o apoio à ação climática e à sustentabilidade ambiental correspondeu a 60% do total dos compromissos nas regiões da coesão", sendo que no ano passado, os cinco países que mais beneficiaram desse apoio foram França, Espanha, Polónia, Itália e Grécia.
Já os compromissos assumidos pelo FEI no ano passado, em matéria de garantias de crédito e de investimentos em capital de risco e participações privadas nas regiões da coesão "ascenderam a 6,8 mil milhões de euros, o que representa 49% do total dos seus compromissos na UE", com os cinco principais beneficiários a serem "a Roménia, a Bulgária, a Polónia, a França e a Itália".
O BEI lembrou que das 145 regiões de coesão da União Europeia, 67 são classificadas como "em transição" e 78 como "menos desenvolvidas", sendo que estas últimas se situam sobretudo na Europa Central e Oriental, bem como em Portugal, Grécia e nas regiões do sul de Itália e de Espanha.
O Grupo referiu ainda que em 2023, "reforçou o seu compromisso em Portugal com a coesão económica e social, uma das linhas de atividade transversais" da entidade, lembrando que "o financiamento da coesão pelo Grupo BEI em Portugal ascendeu a mais de 1,4 mil milhões de euros, ou seja, mais de 66% do total (2,1 mil milhões de euros)".
O BEI destacou o empréstimo de 60 milhões de euros ao Porto de Leixões "para melhoria das acessibilidades marítimas através do aprofundamento do canal de acesso e do prolongamento do quebra-mar".
ALN // EA
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