"Estou certo que a eleição de Vossa Excelência será crucial para a estabilidade da Guiné-Bissau, em resultado da qual acredito que se aprofundarão continuamente as fraternais relações de amizade e de cooperação existentes entre os nossos dois países", escreveu João Lourenço, na mensagem dirigida a Sissoco Embaló, que venceu as eleições presidenciais de 29 de dezembro.
Desejando "êxitos" a Sissoco Embaló, João Lourenço endereçou igualmente ao guineense votos "de um bom desempenho nas difíceis, mas nobres funções" para as quais foi eleito.
O candidato derrotado nas presidenciais da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC), entregou em 03 de janeiro, no Supremo Tribunal de Justiça, o pedido de impugnação com base em alegadas provas de fraude na votação, segundo fontes da candidatura.
O Presidente eleito da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, não quis comentar a impugnação que considerou um "exercício político", declarando respeitar a "posição" do adversário.
Umaro Sissoco Embaló acrescentou também que já assistiu a muitas eleições na Guiné-Bissau e no mundo e nunca viu a "oposição a fazer fraude".
"O Supremo Tribunal vai decidir e depois vamos encontrar soluções, incluindo com o PAIGC. Eu vou trabalhar com o povo da Guiné-Bissau, humilde, mas com rigor e disciplina", assegurou.
Entre os argumentos para fundamentar as alegadas irregularidades, os advogados da candidatura de Simões Pereira juntaram elementos que indiciam "discrepância entre o número de inscritos para votar e o número de votantes".
A Lei Eleitoral da Guiné-Bissau prevê que os "interessados podem interpor recurso para o plenário do Supremo Tribunal de Justiça das decisões proferidas pela CNE [Comissão Nacional de Eleições] sobre as reclamações, protestos ou contraprotestos".
Segundo os resultados provisórios da CNE guineense, Umaro Sissoco Embaló venceu as presidenciais com 53,55% dos votos, enquanto Domingos Simões Pereira obteve 46,45%.
RCR (MSE/MB) // LFS
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