"Libertem Tommy da prisão", entoavam os manifestantes.

Durante a manifestação, várias bandeiras britânicas foram hasteadas, assim como americanas. Alguns dos manifestantes usavam bonés vermelhos que continham a inscrição MEGA ['Make England Great Again'], inspirados no 'slogan' MAGA ['Make America Great Again'] do Presidente norte-americano, Donald Trump.

À AFP, Liz, de 55 anos, afirmou que Tommy Robinson é "um prisioneiro político".

Tommy Robinson, de 42 anos, foi condenado, no final de outubro de 2024, a 18 meses de prisão por violar uma decisão judicial de 2021 que o proibia de repetir comentários difamatórios contra um refugiado sírio.

O ativista de extrema-direita é apoiado pelo bilionário norte-americano Elon Musk, que já apelou por diversas vezes à sua libertação na rede social X.

Tommy Robinson foi também acusado de incitar à violência anti-imigração e árabo-muçulmana no final de julho de 2024, durante os piores tumultos ocorridos no Reino Unido nos últimos 13 anos.

"Obrigado Elon Musk", lia-se na t-shirt branca de outro manifestante.

À AFP, Craig, de 50 anos, considerou Musk "o rei da liberdade de expressão" e descreveu o sistema judicial britânico como "corrupto".

Os manifestantes apelaram ainda à demissão do primeiro-ministro, Keir Starmer.

"Precisamos de alguém como Donald Trump. Ele é forte e vai livrar-se dos imigrantes ilegais", afirmou Liz.

A manifestação, que reuniu milhares de pessoas, deverá terminar em Westminster, não muito longe de Downing Street.

Para hoje foi também convocada uma contramanifestação, organizada pela associação antirracista Stand up to racism, que tem como 'slogans' "Stop the far right" e "Against Tommy Robinson supporters".

Para impedir que as duas manifestações se encontrassem foram mobilizadas várias forças policiais.

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Lusa/fim