"Para o IMD [sigla em inglês], Lutero Simango, assim como outros candidatos, demonstraram ter capacidade e estrutura para dirigir o MDM [Movimento Democrático de Moçambique], ajudar a superar os desafios ligados à coesão interna, a crise de resultados e manter o partido como ator relevante no cenário político nacional", refere, em comunicado, aquela organização.

No caso de Lutero Simango, o IMD assinala que se trata de um quadro sénior e membro fundador do partido, com experiência e conhecimento do cenário político, económico e social de Moçambique.

"A vitória expressiva de Lutero Simango demonstra confiança no novo líder do partido, confere legitimidade e maior responsabilidade para conciliar as expectativas dos membros do partido MDM, que não atravessa o seu melhor momento no cenário político nacional", lê-se no texto.

As eleições internas no terceiro partido moçambicano, continua o IMD, traduziram-se num marco eleitoral interno, para a democracia intrapartidária, reforçando o compromisso do partido de se manter em conformidade com os seus estatutos e a lei dos partidos políticos.

"Os membros [do partido] tiveram a oportunidade de eleger a sua liderança para os próximos cinco anos, tendo em conta os pleitos eleitorais de 2023 e de 2024", refere o comunicado.

Lutero Simango foi eleito no domingo presidente do MDM, com 87,9% de votos, no congresso que decorreu na cidade da Beira.

O terceiro congresso do terceiro maior partido moçambicano elegeu ainda 84 novos membros do Conselho Nacional, o órgão mais importante da organização no intervalo entre congressos.

Lutero Simango, engenheiro de formação, vai suceder ao seu irmão mais novo Daviz Simango, que morreu em fevereiro vítima de complicações de saúde.

Daviz Simango foi único presidente daquela força política desde a sua criação, em 2009.

O MDM governa o município da Beira, segunda maior cidade do país, e tem seis deputados no parlamento moçambicano.

O partido chegou a dirigir quatro municípios e a conseguir eleger um máximo de 17 deputados no parlamento nacional, nas eleições gerais de 2014.

A Frelimo detém uma maioria qualificada de 184 dos 250 assentos e a RENAMO controla 60 lugares.

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