
"Queremos também viver aquilo que os nossos munícipes vivem, sejam aqueles que vivem nos arredores ou aqueles que são catadores e, daí, buscar soluções", declarou à comunicação social Razaque Manhique, momentos após uma visita a lixeira de Hulene, nos subúrbios da capital moçambicana.
Desde o incidente de 2018, ano em que 16 pessoas morreram naquela local na sequência do desabamento de uma parte da lixeira, as autoridades municipais têm estado a receber diversos apoios para gestão de resíduos, mas o encerramento, orçado em cerca de 110 milhões de dólares (102,1 milhões de euros), segundo dados daquele ano, não tem ainda data prevista.
"É uma exatamente para compreendermos o sofrimento dos outros que estamos aqui", frisou o presidente do município de Maputo, sem avançar datas para o encerramento.
A maior lixeira da capital moçambicana foi notícia internacional quando, na madrugada de 19 de fevereiro de 2018, uma parte, com a altura de um edifício de três andares, desabou devido à chuva forte e abateu-se sobre diversas habitações precárias do bairro.
Das 16 pessoas que morreram no local, sete eram crianças, num episódio que levantou debates entre ambientalistas sobre o impacto da lixeira, a maior do país, numa área residencial.
Por dia, estima-se que mais de 1.200 toneladas de resíduos sólidos sejam depositadas nos mais de 25 hectares da maior lixeira de Moçambique, localizada ao longo de uma das principais artérias de Maputo, a avenida Julius Nyerere.
EAC // JMC
Lusa/Fim
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