"Foi uma ação protagonizada pela Junta Militar da Renamo" e, em resposta, as autoridades já se desdobram "ao longo do distrito com indicação muito próxima por onde está a circular esse grupo de bandidos", referiu Joaquim Sive, comandante provincial de Sofala da Polícia da República de Moçambique (PRM).

Dez homens armados mataram uma mulher e feriram dois comerciantes, durante um assalto a um estabelecimento comercial no distrito de Muanza, sendo que um dos feridos morreu a caminho de uma unidade de saúde, revelou a polícia.

Os assaltantes estavam munidos de armas de fogo e catanas e apoderaram-se de alimentos e outros bens.

Joaquim Sive falava hoje a jornalistas, momentos depois da entrega de 13 viaturas aos comandantes distritais da província, meios que vão dar "maior mobilidade" para responder a casos como este.

"Nenhum comandante poderá dizer que não respondeu a uma solicitação no seu distrito por não ter transporte", sublinhou.

O ataque ocorreu três dias depois do líder da Junta Militar da Renamo, Mariano Nhongo, ter manifestado a intenção de negociar as reivindicações do grupo dissidente com o Governo moçambicano.

O grupo discorda dos termos do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) decorrente do acordo de paz assinado em agosto de 2019 entre Renamo e Governo.

Aos antigos guerrilheiros, agora dissidentes do maior partido da oposição, é desde então atribuída a autoria de vários ataques armados contra alvos civis e das Forças de Defesa e Segurança (FDS), matando cerca de 30 pessoas.

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