Relatórios da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), a que a Lusa teve acesso, mostram que desde o início de março foram registados três processos por "obstrução à autoridade pública" e mais sete por "desobediência".

As autoridades policiais na capital registaram ainda seis casos de "falsificação de documentos", associados com a implementação das regras do estado de emergência decretado devido à covid-19.

Os relatórios mostram ainda que um total de 641 pessoas -- 448 homens, 159 mulheres e 34 jovens -- foram identificados por "suspeita de violação" das regras do estado de emergência e da cerca sanitária.

Desse total 399 foram identificados durante o mês de março, 209 em abril e 33 entre os dias 01 e 08 de maio.

Em termos gerais, o relatório registou desde março um total de 262 incidentes na capital timorenses, a maior parte dos quais (136) em março.

No caso do mês de março, e além de três homicídios, as autoridades registaram 64 casos de ofensa à integridade física (dos quais quatro agravada), 21 de maus-tratos ao cônjuge e 10 de porte de arma proibida, além de crimes de danos, desobediência e falsificação de documentos.

Já no que se refere ao mês de abril, registaram-se 93 incidentes criminais, dos quais 52 de ofensa à integridade física (sete agravada), e ainda vários casos de ameaças, maus-tratos a menores e ao cônjuge e furtos.

Nos primeiros nove dias de maio, as autoridades registaram já 42 casos criminais, mais de metade dos quais ofensa à integridade física, e ainda maus-tratos a cônjuges e menores, uma violação e um homicídio.

Timor-Leste está a viver o seu pior momento desde o inicio da pandemia, com 1.540 casos ativos e 3.227 acumulados desde março de 2020.

O país tem várias cercas sanitárias em vigor e Díli está em confinamento obrigatório.

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