Os preços nas principais 70 cidades caíram 0,08%, em comparação com o mês anterior, de acordo com os dados divulgados hoje pelo Gabinete Nacional de Estatística (GNE), depois de uma contração de 0,2% em novembro.
Entre aquelas localidades, 43 registaram reduções nos preços das casas, em comparação com 49 em novembro, e 23 - entre as quais, algumas importantes como Xangai, Shenzhen, Chengdu, Tianjin ou Hangzhou - registaram subidas, outro salto em relação ao mês anterior (17).
Os cálculos efetuados com base nos dados do GNE também refletem uma redução de 0,31% no preço das casas em segunda mão em dezembro, depois de terem caído 0,35% no mês anterior.
No caso deste tipo de imóveis, 60 das 70 cidades registaram descidas, uma manteve-se ao mesmo nível de novembro e nove registaram subidas.
O GNE anunciou também hoje que o investimento em promoção imobiliária caiu 10,6% em 2024 face à crise prolongada do setor, já depois de ter caído 9,6%, em 2023.
Depois de terem caído 24,3% em 2022 e 8,5% em 2023, as vendas de imóveis comerciais medidas pela área útil caíram mais 12,9% em termos homólogos durante o ano que acaba de terminar.
Nos últimos meses, as autoridades chinesas anunciaram várias medidas para travar a queda do mercado imobiliário, uma questão que preocupa Pequim devido às suas implicações para a estabilidade social, uma vez que a habitação é um dos principais veículos de investimento das famílias chinesas.
Uma das principais causas do recente abrandamento da economia chinesa é precisamente a crise do setor imobiliário, cujo peso no PIB nacional - somando fatores indiretos - é estimado em cerca de 30%, segundo alguns analistas.
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