"Se investirmos na Ucrânia agora e nos próximos anos, estaremos a investir num futuro membro da UE [União Europeia]", assegurou Olaf Scholz, no 7.º Fórum Económico Alemão-Ucraniano.
Cerca de 2.000 empresas alemãs estão ativas na Ucrânia, um país com o qual o volume de comércio aumentou de 8 mil milhões para quase 10 mil milhões de euros entre 2021 e 2023, realçou Scholz.
E "depois da guerra" desencadeada pela invasão russa em fevereiro de 2022, a Ucrânia irá experimentar "taxas de crescimento e oportunidades de desenvolvimento que só se registou nos países da Europa Central e Oriental que aderiram à UE nas últimas duas décadas", sublinhou.
Este alargamento da UE "beneficiou" a economia alemã, apontou o governante alemão, considerando esta mais uma razão para "apoiar" Kiev na "sua procura de uma paz justa" que "respeite e preserve a independência e a livre escolha da Ucrânia para o seu futuro na Europa".
Para Olaf Scholz, "o processo de adesão à UE cria a certeza" de que a Ucrânia "se tornará" um membro de pleno direito da União Europeia.
Mas "há ainda um caminho a percorrer entre agora e lá", admitiu ainda o alemão.
Bruxelas lançou oficialmente negociações de adesão com a Ucrânia e a Moldova em junho, um processo que a Rússia tem procurado por todos os meios obstruir.
Entre os 500 participantes esperados no fórum, o primeiro-ministro ucraniano, Denys Chmyhal, apresentou o seu país como um futuro "local de produção, um arsenal, um centro energético para a UE", bem como um reduto para as "novas tecnologias".
Sobre o apoio militar à Ucrânia, Olaf Scholz confirmou a entrega "até ao final do ano" de um sexto sistema de defesa aérea Iris-T.
A este juntam-se os lançadores adicionais do sistema antiaéreo Patriot, armas caras e valiosas entregues à Ucrânia para fazer face aos bombardeamentos diários das forças do Kremlin.
Numa conferência de imprensa separada, Denys Chmyhal apelou a Berlim para reforçar ainda mais "o apoio à defesa da Ucrânia no próximo ano".
De acordo com os seus próprios dados, o governo alemão ajudou até agora a Ucrânia no valor de 37 mil milhões de euros - todos os setores combinados - desde o início da guerra, tornando-a no segundo maior fornecedor do mundo, atrás dos Estados Unidos.
Mas o orçamento para 2025 previa um volume de ajuda militar de cerca de quatro mil milhões de euros, reduzido para metade em relação a 2024. O documento não foi aprovado devido à 'implosão' da coligação de Olaf Scholz e a marcação de eleições.
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