Zelensky admite negociar com Rússia. Moscovo recusa
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, admitiu hoje que a nova proposta de plano de paz para a Ucrânia deverá permitir negociações diretas com a Federação Russa.
Qual a notícia?
Zelensky admitiu que a nova proposta de plano de paz para a Ucrânia deverá permitir negociações diretas com a Federação Russa.
"O plano estará pronto no início de novembro. Será um começo para alguma base para falar em qualquer formato com a Rússia. Em qualquer formato. Com qualquer um dos seus representantes. Porque haverá um plano", assegurou o líder ucraniano num comunicado.
Zelensky explicou que três dos pontos deste plano de paz já foram conseguidos, o que permitiria à Rússia ser convidada para uma segunda conferência de paz, como a que se realizou na Suíça nos dias 15 e 16 de junho.
E como respondeu a Rússia?
A Rússia anunciou que não participará na cimeira sobre a Ucrânia planeada por Kiev para novembro.
“A cimeira terá os mesmos objetivos: promover a ilusória ‘fórmula de Zelensky’ para qualquer base para a resolução do conflito, obter o apoio da maioria do mundo e utilizá-lo para apresentar à Rússia um ultimato de capitulação”, declarou a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, num comunicado de imprensa.
“Não participaremos em tais ‘cimeiras’”, assegurou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
Há outras propostas em cima da mesa?
Sim, pelo menos um plano da China e do Brasil, mas esse não pareceu reunir as preferências de Zelensky.
"Não creio que seja um plano concreto, porque não vejo quaisquer ações ou fases específicas, apenas uma certa generalização de procedimentos. Uma generalização esconde sempre alguma coisa", disse o presidente da Ucrânia.
A China e o Brasil afirmaram apoiar "uma conferência internacional de paz organizada numa altura apropriada, reconhecida pela Rússia e pela Ucrânia, com a participação igual de todas as partes e uma discussão justa de todos os planos de paz".