O ex-administrador do BES Amílcar Pires declarou hoje, no Tribunal da Concorrência, em Santarém, “estranheza” por ser arguido no processo de contraordenação do BdP por violação de normas de prevenção de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo.
O ex-presidente do BES e o antigo administrador Amílcar Pires conhecem hoje a sentença do Tribunal da Supervisão ao pedido de impugnação das coimas de 4 milhões e de 600 mil euros, respetivamente, aplicadas em 2016 pelo Banco de Portugal.
O Ministério Público recorreu da sentença do Tribunal da Concorrência que declarou nula a acusação do Banco de Portugal no processo em que o ex-presidente do BES e um administrador foram condenados por contraordenações à lei de branqueamento de capitais.
O ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, e o ex-administrador Amílcar Pires consideram que o Banco de Portugal usou ilegalmente a “delação premiada” no processo em que foram condenados por comercialização da dívida da ESI junto de clientes do banco.
O Ministério Público pediu hoje a redução das coimas aplicadas em 2016 pelo Banco de Portugal ao ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, de 4 para 3,5 milhões de euros e ao ex-administrador Amílcar Pires de 600.000 para 300.000 euros.