O segundo bloco cirúrgico da nova maternidade da unidade local de saúde (ULS) de Santa Maria, em Lisboa, reabre na segunda-feira, quinze dias após o primeiro ter entrado em funcionamento, voltando a assegurar cesarianas e partos induzidos.
Os bebés nascidos por cesariana não possuem a mesma microbiota daqueles nascidos naturalmente, o que afeta o seu desenvolvimento, mas a aplicação de secreções vaginais da mãe a estes recém-nascidos pode limitar esse efeito, revela um estudo.
A percentagem de cesarianas realizadas nos hospitais privados é mais do dobro da registada nos públicos, sendo necessária uma reflexão sobre esta “assimetria”, conclui a Direção-geral da Saúde (DGS).
Os partos por cesariana quase duplicaram em todo o mundo em 15 anos, passando de 12% para 21% de todos os nascimentos, segundo estudos divulgados pela revista internacional The Lancet.
O recurso à cesariana atingiu “proporções epidémicas” nos últimos 20 anos em Portugal e não está a diminuir como seria desejável, com uma prevalência de 27,6% nos hospitais públicos e o dobro nos privados, segundo um relatório.