A Assembleia de Apuramento Geral dos resultados das eleições legislativas regionais dos Açores, que decorreram no domingo e foram ganhas pela coligação PSD/CDS-PP/PPM, terminou hoje sem alteração de mandatos, segundo o edital enviado à agência Lusa.
Mais de 2.600 eleitores inscreveram-se no voto antecipado em mobilidade para as legislativas regionais dos Açores, sendo Lisboa, Ponta Delgada, Porto, Angra do Heroísmo e Coimbra os locais mais requisitados, foi hoje anunciado.
Onze forças políticas, incluindo três coligações, disputam no dia 4 de fevereiro os 57 lugares do parlamento açoriano nas legislativas regionais, que decorrem cerca de oito meses antes do previsto.
O líder do Chega recusou-se hoje a revelar com quem negociou o acordo para a viabilização do governo de direita nos Açores, preferindo valorizar a porta aberta pelo presidente do PSD a uma solução semelhante a nível nacional.
A Iniciativa Liberal está disposta a viabilizar um programa de Governo de direita nos Açores "onde se encontrem plasmadas as diferentes intenções" do partido, mas não alinha com a "extrema-direita e de pendor nacionalista e extremista".
O líder do PAN/Açores, Pedro Neves, manifestou-se hoje “claramente contra” qualquer solução governativa que inclua o “populismo não democrático” do Chega, tendo confirmado conversações com PS e com PSD/CDS-PP/PPM.
Um total de nove forças políticas concorrem no Faial nas eleições nos Açores de outubro para tentar obter os quatro lugares de deputado regional eleitos pela ilha.
O Presidente da República rejeitou hoje leituras nacionais dos resultados das eleições nos Açores e defendeu que a abstenção é um problema contemporâneo que deve ser ultrapassado com pedagogia e com democracia participativa.