PS e PSD recusaram hoje alterar a lei das incompatibilidades "à pressa" ou a pensar "em casos concretos", numa discussão que também ficou marcada por algumas críticas ao Presidente da República, incluindo dos sociais-democratas.
O líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, defendeu hoje que o Governo deve "refletir e agir em conformidade" com aquele que vier a ser o parecer da Procuradoria-Geral da República sobre a lei das incompatibilidades.
O ministro dos Negócios Estrangeiros insistiu hoje que "seria absurdo" fazer uma interpretação literal da lei das incompatibilidades e esclareceu que quando defendeu esta posição, na quarta-feira, falava também em nome do primeiro-ministro.
O diploma que altera a lei das incompatibilidades e impedimentos dos titulares de cargos públicos, aprovado em junho no parlamento, foi hoje publicado em Diário da República, mas só entrará em vigor após as legislativas de outubro.