Um conjunto de profissionais saúde da área de Lisboa e Vale do Tejo enviou para a tutela um plano de ação de emergência com soluções para dar resposta aos milhares de utentes sem equipa de família.
Noventa por cento dos utentes do Centro de Saúde do Bombarral, no distrito de Leiria, estão sem médico de família, admitiu a tutela em resposta a deputados do PSD.
O Governo vai abrir concurso com 200 vagas de internato para médicos de família em Lisboa e Vale do Tejo, anunciou hoje o ministro da Saúde, defendendo ainda a revisão da lista de inscritos no Serviço Nacional de Saúde.
Metade das vagas abertas no concurso para médicos de Medicina Geral e Familiar ficaram por preencher na região de Lisboa e Vale do Tejo, segundo dados divulgados hoje pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM).
A secretária de Estado da Saúde revelou hoje que a majoração de 60% no vencimento dos jovens especialistas que se fixem em zonas com uma média de cobertura por médico de família inferior à nacional abrange 239 postos de trabalho.
O número de utentes sem médico de família, no distrito de Bragança, duplicou nos primeiros três meses deste ano, com 9.713 pessoas sem um clínico atribuído nos centros de saúde, segundo dados do Governo.
A Associação de Medicina Geral e Familiar saudou hoje o regresso dos profissionais às suas unidades com a desativação dos centros de vacinação, mas apelou para que estes sejam informados das novas tarefas para que “tudo corra sem sobressaltos”.
A Assembleia Municipal de Torres Vedras aprovou na noite de segunda-feira uma moção a reclamar ao Ministério da Saúde medidas excecionais para resolver a falta de médicos de família no concelho.
Um terço das vagas de um concurso que pretendia contratar 459 médicos de medicina geral e familiar ficou por preencher, o que para o secretário de Estado Adjunto e da Saúde é “motivo de preocupação”.
O presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) admite que os doentes recuperados de infeção do novo coronavírus com sequelas podem passar a ser um grupo de risco e devem ter um acompanhamento próximo.
A vacinação do grupo de risco que incluiu pessoas com mais de 50 anos começa na próxima semana, mas ainda não se sabe como serão feitas as convocatórias nem como se vai atuar nos casos de doentes que não têm médico de família.
Os Centros de Saúde do concelho de Vila Franca de Xira, no distrito de Lisboa, foram reforçados com seis médicos de família, o que permite abranger 95% dos utentes inscritos, divulgou hoje a Câmara Municipal.
Os médicos de Medicina Geral e Familiar estão "muito preocupados" com o impacto que a paragem durante três meses das consultas e dos tratamentos devido à pandemia de covid-19 pode ter nos doentes crónicos que carecem de um "acompanhamento permanente e cuidadoso".
O primeiro-ministro afirmou hoje que, se todos os concursos em marcha forem concluídos e se a totalidade das verbas forem preenchidas, a atual legislatura vai terminar com 97% dos portugueses com médico de família assegurado.
O Observatório Português dos Sistemas de Saúde quer que os utentes sem médico de família ou equipa de saúde atribuída sejam considerados uma prioridade para “evitar uma dupla penalização” e não agravar desigualdades.
O Ministério da Saúde estima que no final deste ano desça para 4% a percentagem de portugueses sem médico de família e prevê ter 532 unidades de saúde familiar até ao fim de 2018.
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde assume que não dorme descansado por saber que cerca de 700.000 portugueses não têm médico de família, mas recorda que há dois anos eram 1,2 milhões de utentes nesta situação.
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) disse hoje que 96% dos médicos de família não têm meios necessários para a emissão do atestado para carta de condução por via eletrónica.
Os médicos de família apresentam hoje uma proposta para que as listas de utentes passem a ter em conta as dificuldades de acesso a serviços de saúde em cada município, sugerindo listas que vão de 800 até 1.800 doentes.