À Lusa, Diogo Folque Guimarães explicou que a Academia de Código vai iniciar atividades no arquipélago lusófono em 2020, numa iniciativa que se segue à expansão para a Holanda, em setembro.
"No fundo, o grande objetivo é transformar a Cidade da Praia, capital de Cabo Verde, numa 'tech hub', um centro tecnológico com mais de mil programadores nos próximos cinco anos e é isso que nós vamos realizar junto com o Governo de Cabo Verde", afirmou o responsável da 'startup'.
De acordo com o cofundador, o objetivo desta empresa fundada em 2015 passa por identificar o "talento desperdiçado, que está neste momento no desemprego, e transformá-lo em programadores".
Diogo Folque Guimarães acrescentou que a parceria entre a Academia de Código e o Governo cabo-verdiano "nasce de uma grande vontade de Cabo Verde neste processo de digitalizar-se e apostar em talento".
"Hoje em dia, em Portugal, já criámos mais de mil programadores que estão a trabalhar em mais de 100 empresas", apontou o empreendedor, que se mostra esperançoso em replicar este sucesso.
"Podemos acreditar que é possível fazer noutros lugares", defendeu, considerando que "existe talento para que isso possa acontecer".
A juventude cabo-verdiana, as condições de segurança e a língua são algumas das razões enumeradas pelo empreendedor português para a aposta em Cabo Verde.
"Cabo Verde pode começar claramente a exportar tecnologia. Isso é algo de que nós gostaríamos de fazer parte. Queremos fazer parte e já estamos a fazer parte, de certa forma, ao pertencermos ao projeto Cabo Verde Digital", adiantou Diogo Folque Guimarães.
"A língua claramente facilita a nossa chegada a Cabo Verde, apesar da programação ser feita essencialmente em inglês", declarou, garantindo que a "Academia de Código vai chegar com uma língua diferente, que é a língua do código, mas vai unir Cabo Verde e Portugal, não só com a língua portuguesa, mas também com a língua do código".
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