O filme conta a história de um homem que encontra um desenho numa loja de antiguidades e descobre no seu verso uma carta de amor com 70 anos, após o que se lança numa viagem para conhecer o autor da missiva - que presenciou eventos importantes no século anterior.
O melhor filme português em competição, por sua vez, foi "Água Mole", de Laura Gonçalves e Alexandra Ramires, que assim ganharam o Prémio António Gaio ao contar como os últimos habitantes de uma aldeia resistem ao esquecimento numa casa que flutua.
Já no que se refere às longas-metragens, a grande vencedora foi "Ethel & Ernest", do britânico Roger Mainwood, que também recebeu o Prémio do Público. O filme é baseado no livro homónimo lançado por Roger Mainwood em 1998 e retrata dois londrinos que vivem um período de grandes acontecimentos e transformações sociais.
Entre os restantes premiados do Cinanima de 2017 conta-se ainda "Depois de tudo", do australiano Michael Cusack, que arrecadou o Prémio Especial do Júri com a história de um homem que esvazia a sua casa de infância enquanto recorda conversas passadas.
O filme "Um Marido e Uma Mulher - Uma História Voitan", de Maite Laas, da Estónia, venceu o Prémio Alves Costa para melhor curta até cinco minutos, enquanto a animação "Catherine", da belga Britt Raes, se destacou na categoria de obras entre os cinco e os 24 minutos.
"Rosa Amarela", do australiano Xin Li, afirmou-se, por sua vez, como o Melhor Filme de Publicidade e Informação, sendo que "Oh mãe!", da polaca Paulina Ziolkowska, venceu o Prémio Gaston Roch para melhor filme escolar.
Quanto aos novos talentos nacionais, no Cinanima de 2017 foram três os vencedores do Prémio Jovem Cineasta Português, distribuídos por duas classes etárias.
Na categoria até 18 anos, a vitória coube ao filme "A Wolf Coming from Spain", do Coletivo de Jovens das Oficinas da Anilupa da Associação de Ludotecas do Porto, constituído por alunos do 8.º ano da Escola Básica de Sendim. Já na secção para maiores de idade, o júri premiou em situação ex-aequo "A Viagem", de João Monteiro, Luís Vital e Ricardo Livramento, e também "O Desempregato", de Sara Marques e André Matos.
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