Em nota de imprensa divulgada à Lusa, o realizador português explica que “Canción de Pedro Costa” é “a primeira exposição que adota uma perspetiva particular” sobre o seu trabalho: “Os rostos, as vozes e as canções como sinais da nossa intimidade, como respostas à tragédia da História e aos tormentos das histórias pessoais”.
Com curadoria de Javier Codesal, a exposição estará patente no Centro de Imagem La Virreina e reúne dez obras visuais – entre as quais instalação e fotografia – das quais cinco foram realizadas expressamente por Pedro Costa para esta iniciativa.
Entre as obras expostas estão “Casa de Lava – Caderno”, que remete para a produção da segunda longa-metragem de Pedro Costa, de 1994 e rodada em Cabo Verde, “Canto de Pedra”, composto por cinco fotografias sobre papel, e “Morna de sombras”, uma instalação para cinco ecrãs suspensos.
“Podemos arriscar que a sua próxima longa-metragem será um filme musical, em sentido restrito. As obras presentes em ‘Canción de Pedro Costa’ aproximam-se cada vez mais de um novo e provável desdobramento cinematográfico” do realizador, lê-se no texto de apresentação da exposição, na página oficial do Centro de Imagem La Virreina.
A exposição, que ficará patente até 23 de abril de 2023, é acompanhada da edição de um ensaio, também intitulado “Canción de Pedro Costa”, assinado por Javier Codesal, e de um seminário, de 13 a 17 de janeiro, sobre a obra do cineasta “e sobre a sua extensão no terreno da arte contemporânea”.
Em diálogo com esta exposição, a Filmoteca da Catalunha exibirá, a partir de 17 de janeiro, uma retrospetiva do cinema de Pedro Costa, a quem esta instituição deu ‘carta branca’ também para escolher e mostrar outros filmes.
Comentários