O conselho diretivo da academia anunciou algumas alterações nas regras para a próxima edição dos Óscares, de 2020, mas manteve intacta a que diz respeito à elegibilidade dos filmes para serem nomeados.
Em fevereiro a publicação Indiewire noticiava que um dos membros do conselho diretivo da Academia, o realizador e produtor Steven Spielberg, iria propor que os filmes produzidos e exibidos em plataformas de 'streaming', como a Netflix, ficassem impedidos de ser nomeados para os Óscares.
O conselho diretivo reuniu-se na terça-feira para aprovar as regras para a próxima edição dos Óscares, com Spielberg ausente, tendo decidido que aqueles filmes continuarão a ser elegíveis, desde que — tal como tem acontecido até aqui — tenham também pelo menos sete dias de exibição nos cinemas no condado de Los Angeles, Califórnia.
"Apoiamos a experiência da exibição em sala como parte integrante da arte das imagens em movimento e isso teve um peso importante nas nossas discussões", afirmou o presidente da academia, John Bailey, em comunicado, sublinhando que a organização planeia estudar "as profundas alterações que estão a acontecer na indústria" cinematográfica.
Em causa está não só a elegibilidade para os Óscares de filmes que foram produzidos e exibidos em plataformas ‘online’, como "Roma", de Alfonso Cuarón, premiado este ano, como também a forma como atualmente se consome cinema, em sala ou num pequeno ecrã.
Entre as alterações aprovadas pela Academia para a 92.ª edição está, por exemplo, a mudança do prémio de melhor filme em língua não inglesa. Passa a designar-se "Melhor Filme Internacional", para que se olhe para a arte do cinema de forma mais inclusiva e enquanto "experiência universal".
Na categoria de melhor filme de animação cai a obrigatoriedade de exibição em sala comercial das obras elegíveis.
A 92.ª edição dos Óscares está marcada para 9 de fevereiro de 2020.
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