“A Morte do Comendador I” sucede à obra “A Peregrinação do Rapaz sem Cor”, e narra a história de um retratista sem nome, de 36 anos, subitamente abandonado em Tóquio pela mulher, que vai viver para a casa de montanha de um famoso artista, como descreve a editora Casa das Letras, que chancela a obra.

“A descoberta de um quadro inédito no sótão dessa casa desencadeia uma série de misteriosos acontecimentos e constitui o pretexto para explicar metaforicamente os acontecimentos da vida do protagonista sem nome. A pintura que dá o mote ao romance, essa tem título — ‘A Morte do Comendador’, e remete para a ópera ‘Don Giovanni’, de Mozart”, acrescenta a editora portuguesa.

O romance, dividido em duas partes, “elege a música e a pintura como artes privilegiadas, e aborda a solidão e o amor, a arte e o mal”.

Segundo a mesma fonte, este romance tem por objetivo ser uma homenagem à obra “O Grande Gatsby” (1925), de F. Scott Fitzgerald (1896-1940).

Haruki Murakami, de 69 anos, que foi considerado pelo jornal britânico The Guardian um dos “grandes romancistas vivos”, está traduzido em mais de 40 línguas, e tem sido várias vezes apontado para o Nobel da Literatura.

A saída desta nova obra, em fevereiro último, várias filas de fãs do escritor fizeram fila, no Japão, para adquirirem o livro. As grandes livrarias nipónicas organizaram eventos noturnos e ficaram de portas abertas até de madrugada, para celebrarem o lançamento.

A emissora pública japonesa NHK preparou um programa, que foi transmitido duas horas antes do início de venda da obra, para discutir “o fenómeno Haruki Murakami”.

O universo literário de Murakami evoca um mundo fantástico, onde sapos gigantes desafiam assalariados para batalhas e onde chovem cavalas do céu.

O japonês Murakami tornou-se num autor global com a publicação de “Norwegian Wood”, em 1987, e escreveu vários ‘bestsellers’ incluindo “1Q84″ e “Kafka à beira-mar”.

Conhecido por resguardar a sua privacidade e por raramente aparecer em público, o escritor tem vários seguidores dos seus contos intricadamente elaborados sobre o absurdo e a solidão da vida moderna.

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