“No total, estão expostos 61 frascos com fragmentos de pele humana obtidos de corpos autopsiados e uma abundante documentação com o retrato sociocultural de cada individuo tatuado, os desenhos e sua localização anatómica, o lugar, a data e os motivos da tatuagem”, refere o Museu do Design e da Moda (MUDE), que organiza a exposição “O mais profundo é a pele”, num comunicado hoje divulgado.
A mostra inclui também uma “incursão pela atualidade”, com a reinterpretação de motivos ou temas do espólio do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses por cinco tatuadores: Francisco Charrua (Atomic Tattoo Studio), Hugo Makarov, Ana Silvestre, Cristiano Fernandez e Tânia Catclaw.
“Uma peça de Jean-Paul Gaultier e uma peça de joalharia medicamente prescrita de Olga Noronha completam este núcleo”, refere o MUDE no comunicado.
De acordo com a diretora do MUDE, Bárbara Coutinho, citada no comunicado, os visitantes da exposição ficarão “a conhecer uma coleção de particular valor museológico e científico, ao mesmo tempo que podem sentir a vivência dos bairros típicos de Lisboa durante as primeiras décadas do século XX, em que a tatuagem se misturava com a marginalidade, a prostituição, o fado, a marinhagem”.
“Para o MUDE esta exposição tem a particularidade de dar a conhecer as tatuagens realizadas em Portugal durante a primeira metade do século passado, reconhecendo os principais temas e motivos desenhados, o traço, as técnicas ou as características cromáticas e formais do desenho, além de a distinguir enquanto prática no feminino e no masculino”, afirma.
A exposição “O mais profundo é a pele”, que faz parte da programação “MUDE Fora de Portas", enquanto decorrem obras no edifício do museu, na rua Augusta, estará patente no Palácio Pombal, até 25 de julho.
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