Apesar de esta ter sido a edição com presença recorde de filmes portugueses, os filmes nacionais não conseguiram nenhum galardão nas categorias internacionais, tendo o júri da competição internacional, composto pelo crítico italiano Giona A. Nazzaro, o cineasta português Manuel Mozos e a produtora espanhola Paz Lázaro, atribuído ainda um Prémio Especial do Júri Canais TVCine & Séries ao filme “Arábia”, dos brasileiros Affonso Uchôa e João Dumans.
“Viejo Calavera”, um filme de 2016 – que já recebeu diferentes prémios nos festivais de Locarno, Rio de Janeiro, Cartagena e Buenos Aires – foi laureado com o Grande Prémio de Longa-Metragem.
O Grande Prémio de Curta-Metragem foi para “Wiesi/Close Ties”, Polónia, tendo a melhor animação nesta categoria ido para “489 Years”, de Hayoun Kwon, França, e o melhor documentário para “The Hollow Coin”, de Frank Heath, Estados Unidos.
No júri da competição nacional, composto pelo realizador e argumentista francês Antoine Barraud, a curadora Maike Mia Höhne, da Berlinale, e o programador italiano Paulo Bertolín, a melhor longa-metragem foi “Encontro Silencioso”, de Miguel Clara Vasconcelos.
A melhor curta-metragem portuguesa é “Miragem Meus Putos”, de Diogo Baldaia, tendo o galardão para o novo talento em curtas ido para Jorge Jácome, em “Flores”, enquanto o melhor filme da secção novíssimos foi atribuído a “Os Corpos que Pensam”, da francesa Catherine Boutaud.
O prémio Árvore da Vida foi atribuído, “ex-aequo”, a “Antão, o Invisível”, de Maya Kosa e Sérgio da Costa (Suíça e Portugal), e a “Num Globo de Neve”, do português André Gil Mata.
Na votação do Público do festival, o prémio de longa-metragem foi entregue a “Venus”, de Lea Glob e Mette Carla Albrechtsen (Dinamarca e Noruega), e o de curta-metragem a “Scris/Nescris”, de Adrian Silisteanu (Roménia).
O filme alemão “Find Fix Finish”, de Mila Zhluktenko e Sylvain Cruiziat, recebeu o prémio Amnistia Internacional, enquanto a distinção em Indiemusic foi entregue a “Tony Conrad: Completely in the Present”, de Tyler Hubby.
O 14.º IndieLisboa começou a 03 de maio com “Colo”, de Teresa Villaverde, tendo a competição nacional sido constituída, pela primeira vez, por seis longas-metragens e 18 curtas-metragens, “o maior contingente de sempre na competição nacional do IndieLisboa”, como afirmou a organização.
No total, foram exibidos mais de 40 filmes portugueses, a maioria em estreia nacional, entre os quais “Amor, Amor”, de Jorge Cramez, “Encontro silencioso”, primeira longa-metragem de ficção de Miguel Clara Vasconcelos, com base na realidade das praxes académicas, que acabou por vencer a competição nacional, e “Luz obscura”, documentário de Susana de Sousa Dias, a partir dos arquivos da PIDE.
A maior secção do IndieLisboa é o IndieJúnior, com filmes para famílias e escolas repartidos por idades, da infância à adolescência, e este ano o “IndieMusic” teve sessões ao ar livre no terraço do Cineteatro Capitólio.
Com quase 300 filmes programados, o IndieLisboa decorreu na Culturgest, Cinema São Jorge, Cinema Ideal, Cinemateca Portuguesa e Capitólio, com programação paralela noutros espaços como a Casa Independente e o Musicbox.
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