"Portugal tem já um historial de envolvimento de mais de 11 mil militares em missões das Nações Unidas, 15 missões, em quatro continentes", destacou Azeredo Lopes.

As missões da ONU no Afeganistão, Colômbia, Timor-Leste, Moçambique, Somália e República Centro Africana foram algumas das missões em que Portugal já participou, indicou Azeredo Lopes, destacando o "histórico" do envolvimento de Portugal naquele tipo de missões.

O ministro da Defesa apresentou estes dados no V Encontro Nacional de Estudantes de Ciência Política do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), em Lisboa, num painel designado "Migrações, Segurança e Defesa".

O governante reiterou que no início do seu mandato, em 2015, fez uma opção política de "regresso às Nações Unidas", que se irá manter em 2018, ano em que "irá projetar 20 missões para as suas Forças Nacionais Destacadas".

"Tanto quanto sei nunca houve um naipe tão alargado de Forças Nacionais Destacadas", divididas pelas missões da União Europeia, NATO, ONU e na coligação internacional anti-Daesh.

Atualmente, acrescentou, de entre as 15 operações de manutenção da paz das Nações Unidas, Portugal está empenhado na República Centro Africana e no Mali e em duas missões "mais políticas" no Afeganistão e na Colômbia.

Em 2017, e excluindo a operação Frontex (Agência de Gestão de Fronteiras dos Estados Membros da União Europeia", Portugal teve empenhados 2035 militares em missões internacionais, dos quais "mais de dez por cento em missões de Nações Unidas".

"A média diária são 565 militares", destacou.

"Quem acha que ser militar é andar aos tirinhos não consegue perceber a envergadura deste envolvimento", disse, destacando a "logística, a rotação e a dimensão enorme de envolvimento das Forças Armadas".