Carlos César transmitiu estes “recados” em conferência de imprensa, em Lisboa, numa declaração em que referiu logo ao início os cidadãos que não votaram nestas eleições europeias, mas que, “certamente, o farão em próximos atos eleitorais”.
Tal como antes fizera a secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, o presidente e líder parlamentar socialista falou numa “grande vitória” do seu partido nas eleições europeias “que corresponde a uma grande derrota do PSD e do CDS-PP, uma grande derrota da direita em Portugal”.
Mas, o líder da bancada socialista procurou também projetar estes resultados das europeias nas eleições legislativas de 06 de outubro e, neste mesmo contexto, fez alusões ao caminho que deverá ser prosseguido na próxima legislatura, designadamente com BE, PCP e PEV, falando mesmo em “outras áreas e outras temáticas” para entendimentos.
“Estes resultados dão ao PS razão no sentido do entusiasmo e da energia que ganhamos para disputar com uma vitória as próximas eleições legislativas”, disse, recebendo uma prolongada salva de palmas dos militantes e simpatizantes socialistas.
No período de perguntas, Carlos César foi questionado se estes resultados nas eleições europeias favorecem ou não uma repetição da formação de um Governo socialista apoiado por PCP, PEV e BE após as legislativas de outubro.
O presidente do PS respondeu, então, que o seu partido candidatar-se-á nas próximas eleições legislativas “pedindo aos portugueses que façam um juízo sobre os resultados da sua governação”.
“O nosso empenhamento será o de, em diálogo com os restantes partidos, voltar a ter um Governo que tenha um período de estabilidade correspondente ao da legislatura. Evidentemente que, com os nossos parceiros atuais [BE, PCP e PEV], temos uma experiência de trabalho, temos uma proximidade adquirida que os privilegia nesse diálogo”, apontou.
Nesse diálogo, porém, segundo o presidente do grupo parlamentar do PS, “são necessárias outras áreas, outras temáticas e outro impulso reformista que deve ser desencadeado na sequência das próximas eleições legislativas”.
“Veremos qual a resposta dos partidos políticos portugueses e, em especial, dos partidos à nossa esquerda – partidos que têm sido nossos aliados para o imperativo dessa mudança, tendo em vista uma governação eficaz e com sentido social que temos emprestado ao longo dos últimos anos. Ficamos muito felizes pelas sondagens que vão refletindo uma tendência de crescendo do PS nas próximas eleições, mas quando lá chegarmos é que teremos a certeza de que essa é a escolha dos portugueses”, acrescentou.
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