O retalho brasileiro tem sido diretamente afetado pela alta do desemprego e do endividamento das famílias, que cresceram no ano passado.

Em dezembro de 2016, o volume de vendas do retalho recuou 2,1% na comparação com o mês imediatamente anterior. Em relação a dezembro de 2015, a queda foi ainda maior, ficando em 4,9%.

O fraco desempenho do retalho foi impulsionado, principalmente, pelo recuo das vendas dos hipermercados, supermercados, produtos alimentares, bebidas e tabaco (-3,1%) no ano passado.

“A perda da renda real e o aumento de preços dos alimentos em domicílio, no mesmo período, foram os principais responsáveis pelo desempenho negativo do setor”, frisou o relatório do IBGE.

O retalho ampliado, que agrega também as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção também apresentou a queda mais acentuada da série histórica (-8,7%).

Este resultado reflete, principalmente, o comportamento das vendas de veículos, motos, partes e peças (-14,0%) e de material de construção (-10,7%).

“Os fatores que justificam este desempenho são a diminuição do ritmo de financiamentos, a elevação da taxa de juros e a restrição orçamentária das famílias”, concluiu o IBGE.