Os investigadores tiraram uma amostra do crânio descoberto numa gruta em Cheddar Gorge, no sudeste de Inglaterra, parte do esqueleto completo mais antigo já descoberto na Grã-Bretanha. O fóssil foi descoberto há mais de um século em Somerset.

Inicialmente pensava-se que o Cheddar man tinha a pele e o cabelo claros. Porém, as novas análises traçam uma nova imagem. Estudando o ADN, os investigadores concluíram que o homem teria olhos azuis, cabelo encaracolado escuro e pele "escura a negra", considerando que isso prova que o tom de pele mais claro dos Europeus se desenvolveu mais tarde do que o que se pensava.

A história da investigação será contada num documentário a transmitir pela estação Channel 4 da televisão britânica.

Tom Booth, arqueólogo do Museu de História Natural britânico, que trabalhou no projeto, diz que esta descoberta "mostra que estas categorias raciais imaginárias que temos são realmente construções muito modernas, ou muito recentes, que realmente não são aplicáveis de modo algum ao passado".

Também Yoan Diekmann, da University College de Londres e membro da equipa do projeto concorda. Para ele, a ligação que é muitas vezes feita entre o ser britânico e a pele branca "não é uma verdade imutável. Tem sempre mudado e vai mudar", explica.