O Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde do Centro e a Unidade de Saúde Pública do Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Litoral (ACeSPL) informam que, “nas últimas 24 horas, não foram observados mais doentes no Centro Hospitalar de Leiria, com a sintomatologia já referida nos dois comunicados anteriores (de 29 e 30 de julho)”, refere um comunicado enviado hoje à agência Lusa.
Na nota é avançado que foram identificados, até ao momento, 28 casos de pessoas que apresentaram sintomas, dos quais 14 recorreram aos serviços hospitalares, “todos já com reversão do quadro clínico e alta”.
O comunicado acrescenta que “além das vistorias aos locais de confeção, distribuição e venda dos alimentos, que já estavam em curso, irá avançar-se com análises laboratoriais de amostras clínicas e alimentares”.
“O denominador alimentar comum a todos os doentes foi broa, tendo sido retirados do mercado os produtos sinalizados, sem prejuízo de virem a ser identificados outros alimentos suspeitos no decurso da investigação epidemiológica”, salienta o documento.
O Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde do Centro e as Unidades de Saúde Pública dos Agrupamentos de Centros de Saúde do Pinhal Litoral e do Pinhal Interior Norte, em colaboração com o Centro Hospitalar de Leiria e a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, mantêm-se a acompanhar a situação.
Treze pessoas deram entrada no Centro Hospitalar de Leiria entre sexta-feira e sábado, com suspeitas de toxinfeção alimentar, tendo sete ficado internadas para observação, anunciou a Administração Regional de Saúde do Centro, no sábado.
Em comunicado enviado, no sábado à noite, à agência Lusa, o Departamento de Saúde Pública (DSP) da Administração Regional de Saúde do Centro (ARS Centro) explicou que, desde sexta-feira e até às 20:00 de sábado, “foram observados no Centro Hospitalar de Leiria 13 casos, com idades compreendidas entre os 30 e os 77 anos, sete do sexo feminino e seis do sexo masculino”.
A situação levou a que tivesse sido iniciada uma investigação que “ainda decorre e que compreendeu a aplicação de questionários de identificação de sintomas e de exposições suspeitas, nomeadamente consumo de alimentos em diferentes refeições familiares”.
No âmbito dessa investigação, que envolveu também a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), foram recolhidas “amostras de produtos alimentares suspeitos para investigação laboratorial” e foram “sequestrados da comercialização os produtos alimentares suspeitos que foi possível identificar e alertados os serviços clínicos para possível chegada de novos doentes”.
Segundo o mesmo texto, a sintomatologia observada “foi predominantemente neurológica, nomeadamente secura das mucosas da cavidade oral, dilatação pupilar, visão desfocada, tonturas, quadros de confusão mental e diminuição da força muscular”.
Registaram-se ainda 12 casos com sintomatologia ligeira que não recorreram aos serviços de saúde e “foram identificadas sete famílias afetadas”.
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