Mais de 296 mil votos dos portugueses residentes no estrangeiro chegaram a Lisboa até segunda-feira, segundo a Comissão Nacional de Eleições (CNE), onde hoje começou a contagem dos votos.
A operação de contagem dos votos por via postal começou às 09:00, com mais de 1.050 cidadãos indicados pelos partidos políticos distribuídos por 150 mesas de voto para realizar o escrutínio.
O porta-voz da CNE, André Wemans, disse aos jornalistas que mais de 296 mil votos tinham chegado até segunda-feira, acrescentando que poderão chegar mais votos durante o dia de hoje e quarta-feira.
Sobre a chegada das cartas com os votos dos portugueses residentes no estrangeiro, Wemans referiu que está “ligeiramente idêntica à dos anos anteriores”, sem “grande alteração” e sem “um aumento significativo”.
Dos votos que chegaram ao local de contagem, o responsável da CNE estima que “cerca de 244 mil são da Europa, 44 mil do círculo Fora da Europa (…) 18 mil da Ásia e um pouco menos de África”.
Relativamente às questões relacionadas com o sigilo sobre a identidade dos eleitores, que, juntamente com o boletim de voto, deveriam ter enviado uma cópia do cartão de cidadão, André Wemans assegurou que “cada mesa tem à disposição uma máquina de destruição de papel e assim que o voto é lançado nos cadernos verificados, esse documento de identificação é automaticamente destruído”.
Após o apuramento dos votos, os resultados finais dverão ser publicados no Diário da República, na sexta-feira ou no sábado, disse o responsável.
Estes votos decidirão se é o PS ou o Chega a ficar em segundo lugar nestas eleições.
Em relação aos deputados eleitos pela Europa e Fora da Europa, serão dois os escolhidos por cada um destes dois círculos.
Nos últimos 20 anos, o PS e o PSD dividiram os mandatos pela Europa e Fora da Europa, mas este bipartidarismo terminou em 2024, quando o Chega elegeu um deputado por cada um dos círculos.
Os três partidos mais votados serão ouvidos pelo Presidente da Republica, Marcelo Rebelo de Sousa, na quinta-feira.
A AD - Coligação PSD/CDS venceu as eleições legislativas de 18 de maio, com 89 deputados, se se juntarem os três eleitos pela coligação AD com o PPM nos Açores, enquanto PS e Chega empataram no número de eleitos para o parlamento, 58.
*Com Lusa
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